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Ai não, por favor, não

É já a partir de amanhã que é obrigatório escrever sob as regras do AO. Foi a 13 de Maio na Cova da Iria como cantam os meus netos.... Mas não. Foi a treze de Maio (coincidência no dia), na assembleia da república que uns iluminados do governo decidiram mandar deitar abaixo a grafia tradicional portuguesa e optar pela escrita brasileira.  "Na quarta-feira cumprem-se os seis anos do período de transição para a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, tendo em conta a data de 13 de maio de 2009, que marca a entrada em vigor em Portugal",  diz o jornal Económico. Eu, mulher mais teimosa que uma mula manca nem com bolos do caco a sair de uma chaimite se mudo as minhas regras. Não dizem que burro velho não apr ende línguas?

Dando uma volta pelos blogues...

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...fiquei a saber que há muita chuva pelo norte de Portugal, muito vento, estradas cheias de lama...portanto temporal. Bem, por aqui, nesta ilha do Atlântico está um sol de rachar pedras, uma temperatura agradável, tanto que estive na rua a deitar terra nuns cacarecos e tive de entrar devido ao excesso de sol. Mas deve ser por isso que quando falam de Portugal não se lembram que, este pedaço de terra pertence ao mesmo país e, vai daí o que se lê é que está mau tempo em Portugal. Ora, senhoras e senhores dos blogues, mau tempo está em Portugal Continental, sim? A palavra "continental" logo de seguida da palavra Portugal faz toda a diferença. Da próxima digam, se faz favor: está mau tempo em Portugal Continental". Certo? E quando pedirem sugestões de férias em Portugal se eu disser: Madeira, não se amofinem (sei de quem...) porque Madeira é Portugal. Se pretendem só no rctângulo, acrescentem "Continental"

Gosto de mulheres que falam português...

...e utilizam todas as letras, calmamente. E se possível ensinando aos filhos a maneira correcta de silabar palavras e expressões que não se encontram no dicionário. Um mulher com o marido e filhos a falar aquele português da ribeira. Para cima de "...que pariu" vale tudo. O marido ri-se, os filhos pensam: "que bem que fala minha mãe, p******  que a ....ariu" Ai vida!

Antigamente dizia-se...

...placa quando nos referíamos aos dentes postiços. Agora diz-se prótese. Mas há, ainda, quem não saiba. Mazeu, prefiro dizer cremalheira. É mais fofinho...

De fato ou sem fato?

Pipole, se escrevem de acordo com o novo acordo ortográfico, não precisam de escrever de fato, por que de facto é necessário colocar o "c" a meio do fato, Sim? Perceberam? Chiça, o que seria de  vocezes se eu não explicasse esta coisa.... Facto tem um "c" a meio, repitam até interiorizarem e deixem o fato no cabide. Não vistam o fato para escrever porque de facto escrevem melhor sem ele.

A teta tá no teto?

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Eu cá sou tão antiquada quanto de conservadora por isso, o acordo ortográfico solta-me a brotoeja pelo corpo todo. Eu não consigo ler: direto (é), leio sempre direto (ê). Não sei porque razão dá-me a comichão na hemorróida se não vejo o c antes do t. Mariquices? Embirranço? Vamos lá a ver... Se eu digo espeto (ê) também devo dizer direto (ê). Correto (ê)? E mais... Panfleto (ê) ou também se lê panfleto (é)? E os afectos (é) passaram a afetos (ê) da mesma forma que os espetos (ê)? Eu passo-me dos carretos (ê) ou será dos carretos (é)? Isto dá tão mau aspeto (ê)! Sim que se espeto (ê) é espeto também aspeto (é) é aspeto (ê), oraite ? E a teta (ê)? e o teto (é)? A teta (é) pode estar no teto (ê)? Ou vai continuar a teta e o tecto? Ora bem, eu cá sou de outros tempos, não vou mudar ao fim de tantos anos a corrigir erros na escola, digo e escrevo: aspecto, directo, afecto.E mais, até abro bem as goelas para pronunciar maizómemos assim: aspéqueto, direqueto, correqueto... Co

Fim de semana, pois então!

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Bom fim de semana, pois então. Eu estou assim a modos de acordo com o que está escrito.

A falar é que a gente se entende. Mas a escrever, não!

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bebé dorme a "cesta" na "sesta"  Ao ler um blogue duma recente mamã leio que o seu príncipe (agora há muita realeza em Portugal) faz sempre uma cesta de três horas. Ora bem, deve de haver cestas de 2, de 3, de 4 e mais horas consoante o material com que é feito a ...cesta. Cesta de barro= 2 horas; cesta de vime=3 horas; cesta de vidro=4 horas. Mas, e se o seu príncipe em vez de fazer...cestas fizesse...uma sesta?

A falar é que a gente se entende , mas a escrever, não!

 Outro erro que adoro é perguntarem: e tu, gostas-te ?( em vez de gostaste) Ao que eu respondo: eu não gosto-me! Eu amo-me! Outros muito usados.  Usa-mos , lava-mos, leva-mos... (em vez usamos, lavamos, levamos) Mas que grande pedido!! Puxá vida (como dizem lá no "brasilhe" ) Mas usar e lavar o quê? Os ...braços? Os pés? Os entrefolhos? E ... leva-mos...para onde?

Os pipis

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Ao ler alguns blogues por este mundo de Deus (de mães que falam dos seus meninos e das conversas e perguntas que fazem) apercebi-me que o "pipi" do Continente português não é o mesmo "pipi" da Madeira. São homónimas (escrevemos e pronunciamos da mesma maneira, mas com significado diferente). Ora bem vou continuar a minha lição de gramática. Hã? Não era lição de gramática? Estão a fazer sinal que não? A abanar a cabeça? Era lição de ...? Ah pois, pipis... Perdi-me na escrita e nos pensamentos.... Retomemos o fio à meada. O pipi (do Continente) não é o pipi (da Madeira). No continente refere-se ao aparelho sexual feminino ou ao urinário, não chego a perceber; na Madeira refere-se ao chichi e ainda ao som feito pela buzina do carro. Atentem na frase uma mistura de pipis: O pipi (do continente) faz pipi (da Madeira) e o popó (carro) faz pipi (buzina). Agora a minha questão. Quando se ouve alguém dizer que vai comer pipis, a que se refere? Se calhar ainda há

Vamso ao enigma

Um homem rico, podre de rico, às portas da Morte pediu um papel e um lápis para escrever um bilhete, delegando toda a sua fortuna. Morreu antes de fazer a pontuação! Eram quatro os candidatos: o sobrinho, a irmã, o padeiro e os pobres. Eis a frase: " Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres" Ajudem (fazendo a pontuação) resolvendo o enigma: a quem deixa a fortuna?

Não entendo. Ou sou burra ou sou estúpida

O que procura um programa como o "Ídolos? Não é um ídolo pop? Não entendo aquele jurado: o Manuel. Ele no início disse que o Carlos era o protótipo dum ídolo: mexia-se, ponha o público a participar... Ontem disse o oposto. No princípio o senhor Manuel disse que ele era bom enquanto que a opinião do Pedro era que" se mexia muito" agora é o inverso? Senhor Manuel pode dizer tudo o que lhe apetecer pois como disse e bem "há 35 anos que existe liberdade de expressão" não deve é ser rude e mal educado e convém manter os seus gostos. A liberdade, sua, começa quando a dos outros acaba; estas são as suas palavras. So what? Você diz barbaridades...o público apupa.Falou da má educação do público? E a sua? Oh diabo! Não entendo. Os outros é que são mal educados? Os Anjos não são pimba, o Carlos não é pimba. E quanto à forma de falar ...sim o Carlos diz muito "ya" mas você diz e muito "os gajos"," pá" e "tou-me nas tintas".

Adequerem?

Esta foi-me gentilmente cedida por uma amiga/leitora do meu cantinho. Dirigiu-se ela à creche para falar com a psicopedagoga da sua filha. Palavra puxa palavra, e eis que diz a senhora doutora como fez questão de ser chamada lhe diz: -"São competências que eles ADEQUEREM depois." A mãe espevitou as orelhas. E lembrou-se de mim. Obrigada Ra. Hã, senhora doutora, adequerem ? E quando é que senhora vai adequerer outra forma de falar? Ou já " adequereu ? Ou será que nunca " adequis "? Não é que ela não " adequisesse "mas... E a mim? Pois deu-me uma coceira. Comecei a "rapar-me" toda. O meu corpo adequereu bábedas que mais parecem "bexiga lhoucas". E eu não adequeria nada disto. Vamos lá conjugar o verbo " adequerer " eu adequero, tu adequeres, ele ou ela adequer, nós adequeremos , vós adequereis ele ou elas adequerem (isto no presente) Agora no Pretérito Perfeito eu adequis ... No Futuro eu adequererei...

A propósito

Ainda há pouco um nadinha antes de escrever este post estive na rua, no "terreiro", na "fazenda" a plantar as alfaces, as couves, os tomateiros e as ervas aromáticas. Ao sol de Outono! Com calções, mangas curtas, chinelas. Como posso lembrar-me do Natal? Natal para mim simboliza frio, neve, geada, lareira acesa (como " aquintrodia " na casa do projecto-nora). Mas aqui no meu rural... ainda andamos de mangas-cava, de calções, de canela ao léu... Se calhar quando o frio chegar... se eu estivesse no " contenente "...se estivesse em Londres, (junto dos meus irmãos que me dizem que está um frio de rachar), se....acertasse nos números do totoloto, ou do euro milhões poderia ir para a Lapónia e pedia ao Pai-Natal para me trazer no trenó. Ah! Aí sim! No frio, na neve sentiria o Natal. Talvez se já fizesse a " lapinha "... Bem... vou começar a mentalizar-me (já é o início).... vou ver as montras decoradas... as iluminações das ruas...vou c

Até fiquei alcançada!!

Hoje uma vizinha da minha tia-velha ligou para saber quando é que ela ia para casa. Conversa puxa conversa lá a mulher começou a cramar do marido. E eu a ouvir e a dar atenção. Quem não gosta de saber intrigas? De saber que o marido dela andou a pular a cerca e foi ao galinheiro buscar uma bisalhinha mais nova que a esposa? (Até as orelhas ferveram de estarem coladas para não perder pitada. Sim, que eu não goste de jurar falso.) Até que ela diz que não gosta que a façam passar por tonta. E dizia-me: "Eles só são felizes até eu saber; a partir daí acabou". -Acabou o caso? -Ah sim, começo eu a fazer-lhe a vida negra que ele até chora! Ui Matilde"! És de ferro e brasa. Até fiquei alcançada com o palavreado que ela usou a adjectivar o marido. De cornudo até filho da sua santa mãezinha "aquilho" é que foi, estepilha.

"Mabalarismos?"

Existe um novo vocábulo na Língua Portuguesa. Ou melhor dizendo, houve uma substituição. Antes dizia-se: malabarismos Agora diz-se mabalarismos . Ainda não está na gramática, mas passará a estar se o PSD ganhar as eleições. Entretanto habituem-se ao novo vocábulo, juntem-se à Drª. Manuela Ferreira Leite.

Estrugido

Dizia uma senhora fungando, cheirando, inspirando o ar. Eu estava ao seu lado. - Cheira-me a estrugido.- E continuava a fungar, a inspirar, a cheirar de nariz empinado, voltando a cabeça para um lado e para o outro, tentando localizar o foco de onde poderia vir o cheiro. Ainda pensei " devo estar a cheirar mal". Perguntei-lhe o que queria dizer a palavra pois não a conhecia. - É a cebola com o tomate a ferver na panela. - Ah! Refogado! Acrescento que esta cena aconteceu no Porto.

Outros falares

Não são só os madeirenses que têm uma forma característica de falar. Por aqui também as há. Na terra do pai das Pulgas é a troca do som s pelo ch . Por exemplo: a cerejeira=a cheredeira , o pessegueiro=o pechedeiro . Na terra do projecto-nora é a junção do artido definido no plural, ao substantivo, por exemplo: vou aos Arcos=vou aujarcos . (Só depois é que percebi que se referiam aos Arcos de Valdevez), as horas=a joras e o trocar o ã, an e ão por on e torná-lo num som muito nasalado ex: crianças= crionnnnnnnnças ; bandido= bonnnnnndido e além deste todas as palavras terminadas em ão ,dizê-las em on , ex: algodão= algodon , sabão= sabon , alcatrão= alcatron . Não importa a forma como se pronuncia as palavras ou até mesmo o sotaque com que falamos. O que importa é fazer-se entender e ser entendido. E isso nós portugueses fazemos bem.